EDUCAÇÃO DIGITAL E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO
Apresentação da série
Alberto Tornaghi
A série Educação
digital e tecnologias da informação e da comunicação, que será apresentada no
Salto para o Futuro/TV Escola (SEED/MEC) de 29 de setembro a 3 de outubro, visa
propor um debate com professores e diversos especialistas sobre o uso
pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas escolas, tendo em
vista que, cada vez mais, as tecnologias integram a vida de alunos e
professores, possibilitando diferentes formas de aprender e ensinar. A série
vai apresentar as ações do Programa Nacional de Tecnologia Educacional –
ProInfo, programa da Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério
da Educação, que tem como objetivo promover o uso pedagógico das Tecnologias da
Informação e da Comunicação na rede pública de Ensino Fundamental e Médio. A série discutirá também o ProInfo Integrado,
criado no contexto do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, do Ministério
da Educação. No conjunto de ações propostas no PDE, o ProInfo Integrado
expressa a convicção de que, na sociedade contemporânea, a inclusão digital é
direito de todos os cidadãos, devendo, pois, ser levada em conta no processo
educacional. Assim, o ProInfo Integrado busca promover o uso pedagógico das
tecnologias da comunicação nas redes públicas de educação básica. O Programa
Nacional de Formação em Tecnologias na Educação – ProInfo Integrado é a
expressão do esforço de articulação e integração institucional de programas,
projetos e ações da SEED/MEC, em parceria com as Secretarias Estaduais e
Municipais de Educação. Toma como ponto
de partida toda a experiência construída pela SEED/MEC na área de formação de
professores e gestores escolares voltada para o uso das TIC na Educação, em
parceria com estados, municípios e instituições de ensino superior.
Quem é o ser que educa?
Na proposta
pedagógica da série Educação digital e tecnologias da informação e da
comunicação discute-se quem é o ente educador, a rede que constitui a entidade
heterogênea que educa. Esta entidade é composta por seres humanos e não-humanos
e inclui professores, administradores, pessoal de apoio, alunos, pais,
comunidade circundante, regimento da escola, cadeiras, quadros de giz ou de
pilot, computadores, vídeos, gravadores, cadeiras, mesas, livros, cadernos...
A escola, o que é?
Quem é a entidade que realiza a educação? Seria o professor, ser humano que foi preparado para ensinar? Seria o aluno, com sua participação intelectualmente ativa que educa a si mesmo? Seria o ambiente físico em que o aluno está imerso, que provoca reações e o obriga a construir conhecimentos, competências, habilidades, inteligência? Seria o ambiente semiótico, que provoca desequilíbrios e a necessidade de ser entendido, e que exigiria resposta em código similar? Seriam todos eles juntos? A entidade que educa é uma rede que inclui a escola, mas não se encerra nela. A rede que educa é mais ampla, salta os muros da escola e vai à rua, às casas das pessoas, passa pela TV, rádio, jornais, jogos e por cada um dos fatos e artefatos presentes no entorno do educando. Lanço mão, aqui, de conceitos e métodos da área dos Estudos de Ciência & Tecnologia & Sociedade (ECTS) para tratar o que pretendo discutir. Latour [1997, p. 294 e segs.] usa o conceito de rede para definir a tecnociência, a entidade sociotécnica que produz fatos e/ou artefatos. Uso a mesma conceituação para definir a rede que educa como uma coleção de actantes e suas relações. Essa rede, que passarei a chamar de rede-educação, inclui, pelo menos, a escola – com suas paredes, equipamentos e os humanos que por ali transitam, bem como as secretarias de educação, os conselhos de educação que ditam e registram suas regras, as instituições de ensino superior que formam e diplomam professores e as editoras de livros didáticos que, freqüentemente, contribuem na decisão sobre aquilo que será ensinado nas escolas. Cada um destes actantes é, em si, um nó e uma rede. E o que é a escola? É também uma rede, um ser complexo, heterogêneo, composto por actantes, por seres humanos e não-humanos. Entre os seres humanos podemos incluir, pelo menos, os professores, os alunos e seus pais ou responsáveis, os administradores e o pessoal de apoio, além dos estatutos que são acordos entre humanos. Entre os seres não-humanos, temos os laboratórios, quadros de giz ou de pilot, cadeiras, mesas, livros, cadernos, computadores, televisões, máquinas de reprodução e cópias, etc. Cada um destes seres contribui de forma particular e característica para a constituição deste espaço de produção e
de reprodução
intelectual. Banheiros limpos, ou sujos, educam e ensinam de forma diversa;
equipamentos que funcionam, ou destruídos, ensinam, no mínimo, o valor que tem
a escola para quem a freqüenta. Jardins e o direito de pisar neles, ao discutir
ecologia, ensinam sobre o valor e a função de leis e estatutos. É a negociação
entre estes actantes que define, em cada escola, em cada nó da rede-educação, o
que é educar, o que deve ser transmitido, quais hábitos desenvolver, que
competências e habilidades serão trabalhadas, quais conhecimentos e estruturas
de pensamento serão construídos.
Nem sempre os
actantes, em cada escola, têm clareza das escolhas que implementam.
Freqüentemente, opções realizadas em pontos da rede-educação externos à escola
são levadas a cabo de forma pouco evidente para os actantes que atuam em cada
escola em particular. Nunca a escola é
inteiramente decidida onde ela se realiza, tem sempre contribuição dos demais
pontos da rede-educação. Nunca a escola é inteiramente definida pelos outros
pontos da rede-educação, tem sempre, também, conformação local. Nesta série,
vamos debater sobre como a preparação ou a formação dos actantes da rede –
incluindo educadores, tecnologia e a relação entre eles – pode contribuir para
que a escola assuma, cada vez mais, a atribuição de decidir localmente quais
contribuições da redeeducação acatará e quais serão confrontadas e
reconfiguradas localmente. Cabe, então, discorrer brevemente sobre de qual
escola estamos falando, qual hipótese vamos angariar forças para defender.
A escola necessária
Qualquer iniciativa que vise melhorar a qualidade do ensino, buscando impactar o desenvolvimento da nação, deve eleger a escola como agente transformador. É o que afirmam diversos autores, entre eles Enguita [2004, p. 46], quando dizem que “(...) as nações não nascem, mas se fazem... O principal instrumento deste processo é a escola, que serve para estender à massa da população o que sem ela não seria nada mais do que cultura da elite, ou de uma elite...” Também em Unesco [2003] encontramos concordância com a afirmação, ressaltando, ainda, a importância especial que tem a escola como ambiente social nos países em desenvolvimento. A escassez de espaços públicos de lazer, cultura e convivência social saudável para crianças e jovens faz recair sobre a escola, com grande freqüência, a responsabilidade de ser a única referência positiva de sociabilidade e formação para enorme parcela desse extrato da população.
O fato traz
possibilidades e desafios para as escolas. Cabe perguntar não só que escola construir,
mas o que fazer e como fazê-lo de modo a contribuir para que ela cumpra o seu papel,
agora ampliado em diversas vertentes, quando comparado ao papel da escola de há
alguns poucos anos. Entendemos que a
escola, em cada local, deve assumir contornos próprios a partir do diálogo com
a realidade em que está inserida. A autonomia da escola para construir o seu
projeto político-pedagógico deve ser respeitada, estimulada e provocada. A
escola, cada escola, deve assumir, de forma clara e consciente, as decisões
pelo que implementa e realiza, e as escolhas devem ser talhadas em cada local,
conforme os interesses ali colocados. A proposta é constituir uma escola em que
as contribuições vindas de outros nós da rede-educação sejam compreendidas e
adaptadas às necessidades e escolhas locais.
Ora, tal escola
é um ser que se conhece, que reconhece parceiros, que identifica e aprende a lidar
com antagonistas e antagonismos, que identifica similaridades e diferenças com
outras escolas, que, ao perceber diferenças ou semelhanças, é capaz de
avaliá-las e confrontá-las com suas escolhas e com seu próprio projeto,
adaptando-o e modificando-o na medida do necessário e dos seus próprios
interesses. Esta é uma escola que, obrigatoriamente, troca com pares, que é
capaz de registrar o que é, como é e o que projeta e planeja, que produz inscrições
, documentos em diversos meios e formatos, acerca de suas escolhas e planos e
de como se apresenta a cada instante. Esta é uma escola que produz e troca com
seus pares, uma escola que se reconhece como produtora de artefatos. Ela é uma
rede em si e se coloca como partícipe ativa de uma rede maior que reúne outras
escolas, secretarias e comunidade, entre outros actantes.
Os artefatos que
produz esta escola, com certeza, não são novas teorias científicas, mas tratam de
formas de ensiná-las. Os fatos ou artefatos que produz a escola tratam da forma
particular de tratar, compartilhar, distribuir por sua rede local o
conhecimento que circula por dentro dela. Tratam, também, de como o conhecimento
é trabalhado, contextualizado e reconstruído localmente pela rede de actantes
daquela escola. Para que seja uma escola que troca estes saberes, que troca
artefatos com seus pares e com actantes de outras redes, precisa ser um ente
que produz artefatos, que produz conhecimento. O que se troca são inscrições. A
escola com cuja construção pretendemos contribuir é, portanto, uma escola que
produz conhecimento e o troca com outros pontos da rede-educação. É uma escola
que reproduz conhecimento produzido além de seus muros, produz conhecimentos
intramuros e os troca além muros. Não se abandonam os conhecimentos produzidos
fora da escola, busca-se abandonar a subserviência a eles e a quem os produz. Esta
é, portanto, uma escola autora, que tem autoridade para criar práticas e
artefatos e trocá-los com outros. Mas, se é verdade que a escola assume formas
particulares nos diversos espaços, também é fato que deve atender a alguns
requisitos básicos, entre eles:
.Ser espaço em que seu alunado possa construir conhecimentos e competências, assim como ampliar os já construídos ao longo de sua vida pregressa;
• Oferecer a seus alunos e alunas
sólida formação básica, que os prepare não só para seguir sua vida escolar,
como para realizar as escolhas que a vida lhes apresenta a cada instante. Muito
mais do que apenas oferecer conteúdos compartimentados por "áreas do
saber", o ensino deve focar a formação (e o conhecimento) como meio para
viver e ampliar a capacidade de interferência no entorno;
• Oferecer educação que valorize
tanto as dúvidas como as respostas; que leve os estudantes a desenvolver visão
crítica do mundo que vêem e criam, do próprio conhecimento e de seus meios de
produção;
• Levar alunos e alunas a
entender o conhecimento como instrumento de comunicação e de intervenção no
mundo real;
• Estar firme e vivamente ligada
à comunidade em que se insere, trazendo para o universo escolar as questões
cotidianas do meio em que se encontra. O que não significa um processo artificial
de contextualização das disciplinas que ali são lecionadas, mas que os conhecimentos
trabalhados tenham sentido e significado a partir da clareza de sua função social;
• Contribuir para a inclusão
digital, oferecendo a estudantes e professores acesso às Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC), gerando competência para que sejam tanto leitores
como autores nestes meios;
• Ser flexível e receptiva às
mudanças ocorridas no seu entorno e estar preparada para promover
transformações em si, garantindo seus interesses sempre que ocorram mudanças na
rede-educação.
O educador necessário
Dentre os responsáveis por elaborar e colocar em prática esse projeto estão os educadores. Educadores são atores privilegiados na escola, que a freqüentam cotidianamente, trocam e negociam para dentro e para fora da escola, têm atuação tanto intra-rede como inter-redes, são os porta-vozes tanto da escola frente aos demais actantes da rede-educação como destes em relação aos estudantes. É dos actantes que se espera a condução da maior parte dos processos que ali ocorrem, desde as práticas cotidianas à proposição e à execução de propostas de transformação e mudança. Almeida (2005a, p. 2) afirma que é necessário “desenvolver processos formativos que privilegiem a formação em serviço, com base na reflexão sobre a própria prática (...), para a definição de estratégias de formação a partir das necessidades contextuais dos formandos e criando condições para a autoria coletiva” (negrito meu).
O educador que é
capaz de construir a escola descrita no item anterior precisa estar permanentemente
preparado para propor e implementar as ações necessárias à sua transformação.
Este é um estado mutante, em equilíbrio instável. Não se prepara um professor
como se fosse a preparação de uma “receita”, na qual os ingredientes são
colocados antes que seja “servido”. O professor prepara-se em tempo real ou,
para dizer de forma mais apropriada, enquanto, a um só tempo, “serve e é
servido”, enquanto atua, ao ser professor, enquanto ensina e aprende ao
ensinar. Todo educador, como qualquer estudante, não é formado por agentes
externos, forma a si em interação constante com seu entorno. A formação é
permanente e provisória como os saberes e conhecimentos com que trabalha. Precisa,
constantemente, ampliar o domínio e a segurança sobre os conteúdos com que trabalha,
dominar os meios que utiliza, vislumbrar as possibilidades de estabelecer
parcerias com outras áreas do saber e com outros actantes, fazer as negociações
necessárias para incorporar as inovações, na medida e na forma que sejam capazes
de contribuir para o projeto de escola em que estão colocados seus interesses.
Esse profissional precisa
desenvolver de forma permanente e em parceria com seus pares:
• formação teórica ampla,
consistente e visão contextualizada dos conteúdos de sua área de atuação, de
forma a garantir segurança em seu trabalho e viabilizar o estabelecimento de parcerias,
com vistas ao desenvolvimento de ações e à produção interdisciplinar;
• formação ampla e consistente
sobre educação e sobre os princípios políticos e éticos pertinentes à profissão
docente;
• formação que permita entender a
gestão como instrumento para a mudança das relações de poder nas diversas
instâncias do sistema educacional;
• domínio das tecnologias de
informação e comunicação;
• freqüente comunicação com pares
e com instituições de ensino e de pesquisa;
• capacidade de manter-se
permanentemente atualizado não só em questões educativas e de sua área de
conhecimento como também no que se refere à produção científica e cultural;
• visão clara sobre quem são seus
alunos e alunas e o espaço cultural em que se encontram estudantes e escola;
• compreensão dos processos de
aprendizagem, de modo a ser capaz de trabalhar com as diferenças individuais e
necessidades especiais dos estudantes.
Essas são questões básicas, necessárias a um educador que é capaz de ensinar com segurança a seus alunos os conteúdos pertinentes à sua disciplina e de negociar, com seus pares, as interlocuções que criem possibilidades de ações interdisciplinares. Mas isso ainda não o faz um actante capaz de contribuir para que a escola migre de centralmente reprodutora para produtora de saber.
Se pretendemos
construir uma escola autora, que produz fatos e troca com seus pares, seu principal
porta-voz deve ser o educador que nela atua. Cabe a ele a tarefa de produzir as
inscrições com as quais o ente escola troca com outros actantes. Este é,
portanto, um ente capaz de produzir inscrições, que desenvolve e amplia a
experiência de autoria, de produção intelectual. Falta ao rol de características,
enumeradas acima, a prática cotidiana de autoria. A prática profissional comum
de professores da escola de educação básica é da comunicação oral e não
escrita. Autoria e produção de inscrições de forma sistemática e regular e a
troca com pares além muros são competências que estão por serem desenvolvidas. Essas competências podem colaborar para que o
educador tenha capacidade e segurança para migrar do papel de re-produtor de
conhecimentos produzidos por terceiros e subserviente a esses para o de
produtor de conhecimento, autor de seu projeto profissional e de bens culturais,
inclusive propostas pedagógicas e materiais de apoio à educação, que troca e dialoga
com outros actantes da rede. Assim, troca-se a subserviência pela parceria. É
essencial que processos de formação de educadores, como os que discutiremos,
tenham concepção condizente com as transformações e com a prática que se espera
na escola. O processo formativo de educadores, incluindo tanto a formação
inicial como sua continuidade ao longo de toda a vida do profissional, não é um
fim em si mesmo, mas um meio de construir a escola que seus atores avaliam que
necessitam e desejam. Esta construção é permanente, o que implica que o
processo de formação seja, também, permanente.
Um programa de
formação que atenda a tais orientações deve desenvolver meios e estratégias para
que os educadores nele envolvidos sejam capazes de propor e realizar a escola
que se faz necessária em cada região, em cada comunidade. Como professores e gestores escolares não são
os únicos actantes envolvidos nesta construção, é necessário negociar com os
demais e fazê-los aliados na empreitada de dar forma ao projeto ideal de escola
que é cabível em cada comunidade. Planejar o ideal e erigir o realizável. Esta
é outra competência que há que ser forjada e exercitada nos processos de formação,
a negociação com pares e com antagonistas, a capacidade de fazer parcerias e adaptações
que garantam o atingimento dos pontos essenciais do projeto que é planejado em cada
escola.
Conclusão
O proposto neste texto como conceituação de escola, de professor e de suas relações pretende evidenciar que a formação que se faz necessária vai muito além da que comumente é oferecida a docentes que, em geral, tem caráter pontual e individual. Forjar uma escola autora não é ensinar alguns professores a escrever. Forjar uma escola autora implica fazer com que a rede que a constitui aprenda a produzir inscrições, de forma coletiva e colaborativa. O ente que precisa de formação é, portanto, este ser heterogêneo, composto por humanos e não humanos, a rede de relações que é a escola como um todo. Uma escola em que seus actantes se formam e aprendem juntos e em rede, tanto conteúdos novos como a produzir inscrições, que enfrenta a própria ignorância e a transforma em saber,
aprende a ser
capaz de defender seus interesses. Uma escola que olha para si e para aquilo
que faz, que transforma o que faz em fatos e artefatos e os troca com outros
actantes é capaz de reconhecer a si como produtora de fatos. Uma escola assim
tem consciência do que é e do que pode, será capaz de definir sua identidade,
de fazer alianças que a defendam e de enfrentar os antagonismos que certamente
surgirão. As questões discutidas e as relações analisadas estão orientadas pela
perspectiva de construção de uma escola autora, que constrói e conquista
autonomia de produção. Não há neste estudo – nunca há – nenhuma neutralidade. Nesta
série, vamos discutir como os recursos oferecidos pela SEED/MEC, através do PROINFO,
podem contribuir para a constituição desta escola, para a formação desta rede
que educa e aprende.
Referencia onde tiramos o texto:
http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/173815Edu-digital.pdf
No mundo globalizado a tecnologia não pode ficar fora das salas de aulas, pois o benefícios que a tecnologia proporciona a vida dos alunos além da rapidez no processo de informação e agilidade em seguir uma expansão na área do conhecimento e o atrativo q as redes de informática oferece em prol da população em geral.
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